24.4.06

Bairro Azul: a destruiçao continua

Público Local
18 de Abril de 2006-04-24

Há um ano com o estatuto de Bairro " em Vias de Classificação"

Apesar de estar incluído no Inventário Municipal do Património, o Bairro Azul ficou, sem se saber bem como, entalado entre gigantescos empreendimentos. Em Junho de 2002, pensando que a sua classificação seria uma forma eficaz de protecção, a Comissão de Moradores do Bairro Azul entregou ao IPPAR e ao então Vice-presidente da CML, Prof. Carmona Rodrigues, um pedido de classificação do Bairro como "Conjunto Urbano de Interesse Concelhio".

No dia 21 de Abril de 2005, quase três anos passados desde a apresentação do nosso pedido, o Bairro Azul passou a ter o estatuto de Bairro "em Vias de Classificação" (Boletim Municipal nr. 583).

No entanto, um ano após a atribuição desse estatuto, nada mudou. O Bairro Azul continua decadente, com mais de uma centena de fogos devolutos e vários prédios quase abandonados e a sua destruição prossegue: as fachadas exibem cada vez mais publicidade abusiva; as caixilharias originais continuam a ser substituídas por outras de desenho e materiais inadequados; os aparelhos de ar condicionado, parabólicas e afins continuam a proliferar; as lojas tradicionais encerram ou "modernizam-se" ; o "Azul", que deu o nome ao Bairro, dá lugar ao "Rosa" e, recentemente, a um extravagante "Amarelo Limão"; a rua Ramalho Ortigão é, cada vez mais, uma via rápida; o Metropolitano parece estar prestes a arrasar a frente do Bairro, onde existem árvores de grande porte, sem que ninguém dê resposta aos inúmeros abaixo-assinados e sugestões apresentados pelos moradores…

Há um ano "em Vias de Classificação", a destruição continua!

A Prof. Doutora Raquel Henriques da Silva dizia num texto que anexámos ao processo do pedido de classificação, entregue em Junho de 2002:

"(…) o Bairro (Azul) reúne todas as condições para ser classificado. E tal tornou-se indispensável para que a vida que nele existe não estiole. Mas a classificação visa também ser uma via propiciatória para o requalificar (…)".

É isso que pretendemos. E é isso que temos vindo a propor, insistentemente, ao longo destes anos, à Câmara Municipal de Lisboa: que a Classificação seja o primeiro passo de um Projecto Global de Requalificação e Reabilitação para o Bairro Azul que contemple medidas inovadoras para devolver a este conjunto a sua unidade, que promova a reabilitação do edificado e o combate à desertificação, que implemente medidas concretas de apoio ao pequeno comércio de bairro, que avalie a questão da segurança de pessoas e bens,...

No mesmo texto propunha ainda a Prof. Doutora Raquel Henriques da Silva:

"(…) em indispensável articulação com os qualificados serviços do Arquivo Histórico Municipal, (proponho-me) orientar alguns dos trabalhos dos meus alunos da licenciatura em História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (vizinha do Bairro, do outro lado do parque Gulbenkian) para continuarmos a estudar este belo bairro, prédio a prédio, com a exaustividade metodológica que, quando bem orientada, frutifica em novas pistas para pensarmos a cidade. O que, como se sabe, é uma forma operativa de a amar e proteger".

Tal como dissemos, há anos atrás, para a Câmara Municipal, para o Bairro Azul e para Lisboa, melhor oportunidade, parece-nos difícil.
Voltamos, por isso, a perguntar: afinal, de que é que estão à espera?

Ana Maria Alves de Sousa
Comissão de Moradores do Bairro Azul

30.9.05

(In)segurança no Bairro

Após alguns assaltos a viaturas estacionadas no bairro, surge agora esta noticia arrepiante.
Ler no Expresso online aqui

28.9.05

Poço de Ventilação? Não, obrigado!

A "Ilha dos 3 plátanos" - que protege o Bairro Azul da intensa poluição (sonora e do ar) que existe actualmente no cruzamento da Av. A.A.Aguiar com a Rua Marquês de Fronteira - está em risco de se tornar um árido poço de ventilação como o que existe, por exemplo, na rua Alexandre Herculano: acaba-se a "sombrinha" e surge o "bafo" quente e um barulho surdo e constante que incomoda quem por lá passa.
O Bairro Azul está " em vias de classificação ". Será que esse estatuto não o protege de mais esta agressão? Não haverá outro sítio para o malfadado poço? E que tal em frente ao El Corte Inglês? Aí não há árvores, nem bancos... apenas um espaço com uma inclinação perigosa para todos os que por lá passam.

Dê força ao nosso protesto! Subscreva o abaixo assinado!

A morte lenta das árvores da Fialho

Os moradores da rua Fialho de Almeida continuam preocupados com a sorte das suas árvores. Segundo informação de vários residentes, de cada vez que é chamada a atenção da CML para este assunto (e têm sido inúmeros os e-mails enviados) aparece alguém que remexe um pouco a terra dos canteiros, entope o tubo que leva a água até à raiz (dificultando ou inviabilizando a rega que vários moradores estão a fazer em substituição da CML), e tudo fica como antes. Esta situação é inaceitável. Plantar para depois deixar morrer é inadmissível e não se enquadra, certamente, no interesse que a própria CML diz ter pela qualidade de vida nos bairros.

Na rua Fialho de Almeida há já árvores mortas e outras a caminho do mesmo fim

A CML tem que resolver a situação de vez e passar a actuar conforme as árvores precisam e os moradores ainda julgam merecer.

Moto-Cães ...

No blogue Cidadania.Lx Pedro Policarpo assina:


A aquisição das 27 unidades de equipamento, designadas por "moto-cães" e postas em funcionamento pela CML um pouco por toda a cidade, é um esforço apreciável relativamente a uma preocupação dos lisboetas com a saúde dos seus passeios.

No entanto, não deixa de ser uma solução particular relativamente a dois aspectos:

Em primeiro lugar, o custo de aquisição e de funcionamento deste equipamento relativamente à sua viabilidade. Será operacional ter uma moto-aspirador atrás de cada cão, no momento em que o dono o leva à rua a passear? Será que ser atropelado pelas motos, carregadas de dejectos e odores caninos, a circular em cima dos estreitos passeios da nossa cidade é mais (ou menos) agradável do que tropeçar no dejecto canino em si?

Em segundo lugar, o sinal que este tipo de medida dá aos munícipes, em particular a quem não cumpre as regras, é muito claro: podem passear os seus melhores amigos pelas ruas, sem a ajuda do saco de plástico, pois logo que se sintam mais aliviados, a "moto-cão" passará e tratará do assunto.

Uma última nota, em fim de férias, estive na Irlanda durante 8 dias e não vi nada como em Lisboa. Nem como este problema, que a nossa falta de urbanidade causa, nem como esta solução, preconizada pelas motas&cães da CML. Mas vi cartazes a anunciar multas sérias para os prevaricadores.

Para quem aprecia os números, na Irlanda a multa vai até aos 3 000 euros. Relativamente ao custo desta medida da CML a vereação responsável ainda não nos conseguiu informar.

PP

Ratazanas do Ar

Não alimente os pombos!

Para além das questões de saúde pública há ainda o problema da roupa estendida que fica diariamente suja com os dejectos dos pombos.

No nosso bairro os pombos são já uma praga. Começam agora a aparecer gaivotas ... a roupa é que sofre ... é caso para dizer: ainda bem que os elefantes não voam!

Quercus apoia os Moradores do Bairro Azul

Para que a razia não continue!


Contra a fúria devastadora das obras públicas na nossa cidade, moradores do Bairro Azul alertaram a Quercus (quercus@quercus.pt) para o que parece ser o projecto do metropolitano de Lisboa de instalação de um poço de ventilação na abertura do Bairro (ver notícias no nosso site e Sondagens - Abaixo Assinado Plátanos).

Referiram o “estado da Alameda D. Afonso Henriques; da Av. Duque de Ávila - entre a Defensores de Chaves e o Saldanha – já sem árvores porque o Metro fez obras a céu aberto arrasando tudo, passeios, árvores, etc.; do outro troço da Av. Duque de Ávila - esquina com a Marquês Sá da Bandeira - também já completamente “varrido”.

A Quercus foi alertada para o facto das obras do Metro estarem agora a chegar ao Bairro Azul e os plátanos - que sombreiam uma zona de lazer e que fazem barreira ao barulho e à poluição do cruzamento da Av. A. Augusto de Aguiar com a Rua Marquês de Fronteira - parecem estar em risco de ser sacrificados para aí ser feito um poço de ventilação.

Não haverá outra localização possível? Porque não em frente do El Corte Inglês no “passeio” feito à pressa e com uma inclinação brutal que provoca quedas diárias aos peões que o utilizam?

Há anos foram os jardins do Palácio Sottomayor, na Av. Fontes Pereira de Melo. Agora é ver a"pobreza" do que lá se encontra e tudo seco!

Recentemente foi o túnel do Marquês que arrasou parte do Parque Eduardo VII, Av. Fontes Pereira de Melo e Av. António Augusto de Aguiar, agora desertas..... de árvores.


Para que a razia não continue os moradores do Bairro Azul agradecem a ajuda da Quercus e renovam o apelo para que todos assinem o Abaixo Assinado que está actualmente a correr no nosso site!

27.9.05

O Metropolitano de Lisboa irá aplicar substâncias energéticas

O Metropolitano de Lisboa irá aplicar substâncias energéticas na escavação dos túneis junto à estação de S. Sebastião

Recebemos da Administração do Metropolitano de Lisboa carta datada de 23 de Agosto que transcrevemos parcialmente:

(Š) De acordo com os resultados obtidos, o método é eficaz não originando valores de ruído e vibrações superiores aos permitidos por lei quer para os edifícios envolventes quer para a presença humana. Convém realçar que a aplicação deste método por implicar picos de ruído e vibrações com um curto espaço de tempo, é menos perturbador para a envolvente que o sistema de escavação tradicional².

(Š) O Metropolitano de Lisboa irá autorizar o empreiteiro a recorrer, quando necessário, à utilização de Substâncias Energéticas nos trabalhos de escavação em túnel. Desta forma poderão ocorrer durante um dia vários disparos, ou nenhum, utilizando-se neste último caso somente a escavação mecânica como até ao presente.

A primeira utilização de substâncias energéticas será antecedida de uma nova comunicação, com aviso prévio de 72 horas e com a informação relativa aos intervalos horários em que os disparos poderão ocorrer (Š).

A Administração do Metropolitano de Lisboa reiterou completa disponibilidade para o esclarecimento de qualquer dúvida relativamente a este assunto.

26.9.05

RESPEITAR VIZINHOS, PROTEGER SAUDE


Cuidemos do Bairro - as fezes caninas alojam vírus, bactérias e parasitas perigosos para a saúde humana, sobretudo a das crianças
Ler àcerca desta situação aqui

Mudou-se ecoponto, a lixeira continua

Ler àcerca desta situação aqui

15.9.05

Geomonumentos

O Geomonumento ou … Houve em tempos um projecto para a recuperação e valorização dos geomonumentos da cidade. No Bairro Azul existia um, conforme nos anunciaram, em dia feliz, em cartaz apropriado.

… a longa Criação do BOM Ambiente …

Os moradores ficaram orgulhosos e expectantes (termo muito em voga nesses tempos). Mas passou um ano, e passaram dois, e passaram três, e os moradores, fartos de tanto “expectar”, exigiram o cumprimento da promessa: “ Criem o BOM Ambiente! Já!”

Os pressurosos “Serviços” responderam prontamente: o cartaz foi retirado!

Os tempos mudaram mas o geomonumento não. Em enxurradas de lama, continuou desabando ciclicamente sobre carros e passantes, transformado agora em lixeira.

Mas os ditos moradores é que não há meio de esquecerem a já serôdia promessa do malfadado cartaz:

“Atão e o BOM Ambiente?? Quando é que o Criam, p´ra Gente???”.

PS
Notícias das desventuras de outro geomonumentoaqui

Ana Alves de Sousa